Cavalcade of Lights

Ontem fomos assistir a abertura do Cavalcade of Lights, um festival de luzes que acontece em Toronto do dia 24 de novembro ao dia 23 de dezembro. O Canadá tem fama de ter uns fogos de artifício bem fraquinhos, pelo menos os que eu tinha visto até então deixavam muito a desejar. O de ontem valeu muito a pena.

O show foi na Nathan Phillips Square, onde fica o prédio do City Hall. Começou por volta das 7h15, com uma fantástica projeção no prédio onde era a prefeitura antigamente - super high tech, a apresentação consistia em pintar o prédio com luzes e efeitos muito legais! Enquanto esperávamos para ver os fogos, tinham umas bandas tocando - esses sim, deixaram muuuuuuuuuuuuuuiiiiito a desejar - parecia que queriam mandar o povo embora. A sorte foi que não estava muito frio, então deu para esperar na boa.

Já estávamos cansados de esperar quando finalmente começaram a acender as luzes das árvores, seguido pelo show de fogos, que durou aproximadamente 10 minutos, e teve cascatas, vários fogos, sincronizados com música. Pena que a nossa câmera está no conserto, e não conseguimos gravar...

O show de projeção vai rolar diariamente durante esse período, e aos sábados vão acontecer shows musicais e queima de fogos. Fora a praça, outros bairros de Toronto também vão ter eventos e iluminação especial. Clique aqui para conferir toda a programação e circuito. Vale a pena!!!!!!!!

PS: Troquei o sistema de comentários do blog, agora é pelo Haloscan. Não consegui migrar os comments dos posts anteriores, mas salvei e aos poucos vou colocando de novo nos respectivos lugares. Assim, os problemas que alguns tinham para comentar acabaram, ou seja, não tem mais desculpa para não deixar seu recado. Outra coisa boa é que o Haloscan tem o campo para e-mail, então vou ter para onde responder, o que não conseguia fazer pelo Blogger. Bom né?

Toronto -40˚

Como toda mulher, sempre fui de ter meus quinhentos potinhos de hidratante com todos os cheiros e cores imagináveis. Por puro consumismo, pois nunca tive paciência para rituais de beleza. Hoje a coisa anda bem diferente. E não é por causa da idade não... É absoluta necessidade. O frio aqui é muito, muito seco, tanto que em casa temos que usar umidificador para ficar um pouco melhor. Mas, quem sofre mesmo com isso é a pele. Fica ressecada, descamando, repuxando... Para evitar, só passando (muito) hidratante. Nem pense em sair de casa sem ao menos um para as mãos e para o rosto, que são os lugares que ficam mais expostos e sofrem mais.

Outra coisa que é bem interessante é como o seu referencial muda depois de algum tempo passando frio. Agora à noite, por exemplo, estava voltando da aula, e, ao invés de vir pelo Tunnel Link (acesso subterrâneo que liga o meu prédio até o metrô), resolvi vir pela superfície, aproveitando para andar, já que o frio estava "gostoso". Detalhe: a temperatura estava 2˚. Outro dia de manhã estava uns 11˚, indo para o trabalho, comentamos como o tempo estava agradável.

O bicho pega mesmo quando está ventando, é terrível... Não há roupa que esquente. E aqui venta muito e muito forte, é aquele vento "encanado" sabe?. Conversando com uma amiga, comentamos como Toronto é uma cidade "burra": a cidade fica de frente para o lago Ontário, ou seja, não existe barreira para o vento. Também não existem montanhas ao redor. Ao invés dos quarteirões serem feitos em zigue-zague, não. As ruas são retas, e vão do lago até o mais norte (o lago fica no sul) que vc possa imaginar, sem nenhuma curva, nenhuma barreira para o vento. Do mesmo jeito são as ruas que vão de leste à oeste. Tipo um encanamento mesmo! Ai já viu né? Quem entra pelo cano somos nós!!!!!!!!!!

Meu sonho possível

Me deram uma missão de escrever sobre os meus sonhos possíveis... Quem começou com esse post de falar sobre sonhos possíveis foi o Léo, do Indizível. Quem me passou a batata quente foi a vizinha Luly.

Acho difícil escrever sobre sonhos. Nunca fui aquela pessoa sonhadora, obstinada, disciplinada (aliás, conquistar a disciplina é um sonho - esse acho que quase impossível, hahahaha). Sempre fui mais de deixar a vida me levar, aproveitar o que eu tenho.

Mas, seu eu não sonhasse pelo menos um pouco, não teria chegado até aqui, no Canadá. Meu maior sonho, aquele que eu fui atrás, que eu lutei, que falei "eu quero isso, não vou sossegar" foi ir morar fora do Brasil. Começou como vontade de adolescente, de ir morar fora para fazer um intercâmbio, conhecer o que chamam de "primeiro mundo". O sonho realizado foi o pontapé inicial para outro: vir morar aqui definitivamente - nessa altura já tinha escolhido o Canadá. Foi difícil, pensei que não ia dar certo, por vezes quis desistir, mas venci, realizei meu sonho, e cá estou eu. Mas, esse sonho continua dando asas a outros sonhos... Próximas paradas? Vancouver e Londres.

Outra coisa que estamos sonhando (esse mais fácil) é com uma super hiper mega câmera digital, daquelas profissionais. Como já disse aqui antes, eu e o Cleber adoramos tirar fotos. Com a super hiper mega câmera digital, quem sabe podemos chegar ao nosso outro sonho que é misturar trabalho com prazer e viver disso :)

Não vou passar a missão para algumas pessoas especificamente. Vou deixar aqui para quem quiser pegar teclado e blog e dividir seus sonhos! Afinal, sonho que se sonha só, é só sonho, mas sonho que se sonha junto é o começo da realidade!!!!!

It's up to you - Elections 2006

Hoje foi dia de eleições municipais aqui no Canadá. E, apesar de eu não poder votar (só imigrantes que já tem cidadania tem esse direito) eu pude participar bem de perto, trabalhando na votação. Muito ao contrário do Brasil, o trabalho nas eleições aqui é voluntário e remunerado (claro, ou acharam que ia perder minha folga a troco de nada???? rs). O voto também é opcional. Por isso o tema da campanha era It's up to you (Você é quem sabe). Tínhamos uma lista com aproximadamente 700 pessoas que deveriam ter ido votar, mas somente 438 compareceram - a maioria idosos. Se considerar que, isso é aproximadamente 60% do total, e ninguém TINHA QUE IR, é um bom número.

As diferenças não param por aí. O sistema ainda é um pouco arcaico comparado com a nossa urna eletrônica. O eleitor recebe uma folha A4 com o nome de todos os candidatos - só de prefeito tinham mais de 20! - e tem que marcar o voto como aquelas provas de vestibular para serem escaneadas. Eles estavam votando para prefeito, councillor (um tipo de vereador) e para conselheiro escolar. Feito isso, levavam para mim, que colocava as cédulas no scanner. No final do dia, já tínhamos todos os votos apurados, e eu só tive que ligar para uma central passando os números da eleição. Uma outra coisa que não achei legal é que eles não fizeram nenhuma campanha para ensinar a fazer a marca corretamente, e nisso o povo perdia um tempão até entender o que tinham que fazer (se a marca não fosse feita corretamente, o scanner recusava - se votassem em mais de um candidato, também).

No caminho estava imaginando a sujeira que estaria, e foi quando eu lembrei a diferença. Não tinha sujeira nenhuma. A propaganda aqui é só feita por meio de placas, que mais parecem placas de imóveis para alugar. Não rola boca de urna, e os eleitores não podem nem entrar com o "santinho" na sala. Apesar disso, os candidatos podem ter fiscalizadores dentro de cada sessão, para acompanhar o andamento e o fechamento da votação.

Bom, para finalizar, a piada do dia: sabe como eu vou receber o pagamento? Através de um cheque enviado pelo correio. Diz a lenda que deve chegar antes do Natal. Assim espero!!!!!!!!!

Cadê o sol?

Acabou o horário de verão... Na verdade, o horário de verão acabou já faz mais de 15 dias, mas agora que comecei a perceber realmente o quão ruim é ficar sem sol. Como saio do trabalho às 17h30, pensei que não ia perceber tanto, mas não é bem assim. Por incrível que pareça, esse horário já está tudo escuro. Chego em casa com a sensação de que já são mais de 19h... A noite é loooooooonnnnnnnnnnnnga, dá muita preguiça e muito sono. Vi alguns outros blogueiros reclamando da mesma coisa, também ando com muuuuuito sono e vontade de ficar no sofá o dia todo... Para ajudar, os dias tem sido cinzentos, quase sem sol :(

O novo trabalho está muito legal! Diferente do primeiro, acho que realmente vou poder aprender e fazer alguma coisa. Estou em uma empresa que faz três grandes feiras aqui no Canadá: Uma de arquitetura e construção (a que eu trabalho), uma de decoração (tipo CasaCor) e uma de artesanato. O escritório é pequeno, o povo é muito simpático e atencioso.
A única coisa ruim é a hora do almoço. Aqui não existe "hora do almoço" como no Brasil - você faz uma pausa de mais ou menos meio hora, quando faz. A grande maioria traz marmita e acaba comendo na mesa mesmo, em frente ao computador. Não rola aquela bagunça de juntar uma galera, ficar batendo papo, almoçar em lugares diferentes... Isso eu sinto falta! Outra vantagem é que agora eu só pego um metrô e ando meio quarteirão para chegar, e não pago mais para trabalhar: eles vão me pagar o "vale transporte" :) Para ficar perfeito, só falta eu ser ganhar dinheiro, rs - mas isso vai acontecer logo, logo :)

Turistas - Qual Será O País Onde Vale Tudo?

E aí povo...

Meu primeiro post na nova casa!!!!! Pena que chegando já pra botar a boca no trombone....

Fomos ontem ao cinema assistir o filme Jogos Mortais 3 (Saw 3), e qual não foi nossa surpresa quando, no iníicio da sessão, passou um trailer de um filme ambientado no Brasil.

A primeira vista parece ótimo, não é? Mas não, não e ótimo. Aliás, é terrível.

O filme se passa no Rio de Janeiro. O trailer começa com as garotas na praia, uma delas fazendo topless, enquanto aparecem dizeres do tipo "Parece-se com o paraíso", "Parece ferias".

O trailer corta para uma cena de uma festa na praia regada a muita música e bebida, onde aparecem outros dizeres "Mas num país onde vale tudo", corta "Tudo pode acontecer".

Daí pra frente, os jovens turistas americanos (sempre eles injustiçados, os americanos) vão ficando tontos e acordam no outro dia numa praia e percebem que foram assaltados, aparentemente vítimas do "Boa Noite, Cinderela".

Pra melhorar, depois disso, eles são enganados e levados para uma casa no meio da selva, e aparentemente são sequestrados. O trailer dá a entender que nessa casa eles terão órgãos extraídos para contrabando de órgãos.

Sabe, não sou do tipo que não sei da violência que assola nosso país. Esse foi ate um dos motivos pelos quais decidi morar no exterior. Mas esse filme trata o assunto de uma maneira a realmente acabar com toda a já baqueada imagem brasileira.

O problema, a meu ver, não é ter um filme que, mais uma vez, fala sobre a violência do Brasil. O problema e a maneira que o assunto foi abordado. Parece até que somos um bando de animais selvagens esperando qualquer gringo chegar aqui para roubarmos tudo dele.

Para assistir o trailer, clique aqui. É estarrecedor.

O mais incrivel é a Fox, através da sua subsidiária Fox Atomic, se prestar a um "desserviço" como esse.

E pra piorar ainda mais, tem essa entrevista com o elenco do filme, falando sobre os bastidores. A chamada de capa no site é "Behind the Scenes: the dangers of shooting in Brazil" ou seja "Bastidores: os perigos de filmar no Brasil". Clique aqui para assistir.

O engraçado e eles comecarem a entrevista reclamando de mosquitos. Ora, eles vão filmar no meio da mata fechada e esperam o quê? Ar condicionado e teto solar? Será que eles nunca ouviram falar em repelente? Ou será que nas matas do resto do mundo não existem mosquitos?

O nome do filme é Turistas (assim mesmo, em português), e estréia aqui na terra gelada no dia 1 de dezembro.

Estamos revoltados.