A city within a park (A cidade dentro do parque)

Esse é um dos slogans da cidade de Toronto. E realmente é verdade, todo lugar tem um parque por perto: pode ser uma praça com brinquedos para crianças, um parque um pouco maior com um caminho pavimentado, ou outros grandes com lugares para piquenique, campo de futebol e tênis, trilhas, etc... Até os cemitérios aqui são parecidos com parques. O que fica atrás de casa tem laguinho com ponte de madeira e chafariz. E bem no final do cemitério tem uma trilha (trilha mesmo, de terra, mata fechada) que leva até um outro parque.

Nós e os vizinhos bicicleteiros estamos aproveitando o verão para conhecer vários desses parques. Temos um mapa que mostra Toronto inteira: ruas, trilhas, ciclovias, parques, etc, que foi especialmente customizado para quem vai andar de bicicleta. Escolhemos um caminho e lá vamos nós.
Dia desses saímos querendo pegar uma trilha, mas esquecemos de levar o mapa... Entramos em um caminho de pedra, no meio da mata, silêncio total, que acabava em um corrégo. Então começamos a nos dar conta que há 20 minutos atrás estavamos em um dos cruzamentos mais movimentados da cidade. Imaginem isso em São Paulo... Impossível!

Acho que o parque que ganha nesses termos é Toronto Island. Na verdade, como o próprio nome diz, é uma ilha. Fica há 15 minutos de balsa do centro da cidade, e como eu disse em algum post do passado, fomos lá fazer um picnic. A ilha toda nao deve ser muito maior do que o Parque do Ibirapuera, mas é incrivel como tem várias faces: Apesar de não ter comércio, exceto por alguns restaurantes, a ilha tem uma área completamente residencial, bem escondida... Casinhas pequenas, rodeada por árvores. Ficamos nos perguntando se as pessoas realmente moravam lá... Elas moram! O único meio de condução permitido lá é a bicicleta. Na parte central, algumas lanchonetes, praia (ou tentativa de), piscina pública para criançada, etc - essa parte é uma verdadeira muvuca no verão. Segundo a vizinha, um verdadeiro Ibirapuera!!!! Mas, é só andar um pouco mais para a frente, e encontramos um lugar sossegado para fazer o nosso piquenique (sim, farofada!!!). Depois do lanche, continuamos andando para a terceira parte da ilha, ainda mais tranquila: somente algumas pessoas andando a pé ou de bike. Depois de passear um bom tempo, tirar váááárias fotinhos, atravessamos a balsa e em menos de 15 minutos o cenário mudou: Estavamos de volta a correria da vida moderna!!!!